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Ocupação de servidores de Canindé garante pagamento de salários atrasados

Mesmo sob forte chuva, os trabalhadores do serviço público municipal de Canindé de São Francisco ocuparam, nesta terça e quarta-feira, o prédio da Secretaria de Administração e Finanças do Município para reivindicar o pagamento dos salários dos servidores efetivos referente ao mês de junho.

Após dois dias de ocupação, os trabalhadores, organizados no Sindiserve Canindé - filiado à FETAM e à CUT, tiveram a informação de que os salários de todos os servidores efetivos haviam sido encaminhados para pagamento, bem como o 13º salário dos trabalhadores que atuam na política de saúde do município.

“Estamos sendo muito injustiçados e merecemos ser respeitados. Mas a mobilização do nosso sindicato e a participação e o empenho da categoria foram fundamentais para esta conquista”, avalia Emanoel Aleixo, presidente do Sindiserve Canindé, que é também secretário de comunicação da FETAM Sergipe.

A diretora de mulheres do Sindiserve Canindé e da FETAM Sergipe, Rosana Menezes, explica que desde a gestão anterior os servidores de Canindé enfrentam atrasos salariais constantes. “Mas na gestão atual a situação piorou. Há meses, o prefeito vem fazendo o rodízio das secretarias que recebem por último, geralmente a partir do dia 20, quando deveríamos receber até o 5 dia útil, conforme preconiza a Lei Municipal 121/2016” explicou Rosana.

Ela conta que todos os servidores deveriam ter recebido o décimo terceiro salário referente a 2018 até o dia 20 de dezembro, mas o pagamento foi dividido em 4 agrupamentos: um grupo de trabalhadores receberia em abril, outro em maio, outro em junho e outro deverá receber dia 30 de julho”, explica a sindicalista.

Fruto da luta

Rosana lembrou ainda que no último dia 04, o sindicato se reuniu com a Secretária de Administração de Canindé. No encontro, a gestora informou que teria uma posição nesta quarta-feira apenas sobre o pagamento dos servidores da saúde, sem perspectiva de pagamento dos servidores das demais políticas. “Conquistamos mais do que havia sido previsto, pois o que seria a posição da gestão sobre uma parcela do funcionalismo público municipal se tornou o pagamento de todos os servidores”, comemorou.

Outros passos

Apesar da conquista promovida pela ocupação, o sindicato tem muitos passos para dar. Um deles diz respeito à revisão salarial, já que a categoria está com os salários congelados desde 2017.

“Não tivemos revisão salarial no ano passado e, embora nossa data base seja fevereiro, a gestão já informou que só irá efetivar a proposta de revisão salarial em agosto. Eles sequer apresentaram uma proposta a respeito dos salários retroativos. Vivemos um caos total”, lamentou Rosana.