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7 de abril - Dia Mundial da Saúde: Dia de luta em defesa da Vida, da Vacina, do SUS e da Valorização dos Trabalhadores da Saúde

Por: Itanamara Guedes

 

O Brasil representa 3% da população mundial e é responsável por 30% das mortes em todo o mundo pela COVID-19. No dia de ontem (6), o país ultrapassou 4 mil óbitos pela doença em 24h, o que representa um óbito a cada 20 segundos. No total, já são 337 mil vidas perdidas e 13.106.058 casos. Em Sergipe, já foram contabilizados 180 mil casos e 3.642 óbitos.

O mês de março foi considerado o mais crítico no país, e a previsão dos especialistas em saúde é que a pandemia atinja o pico em abril chegando até 5 mil óbitos diários. Diante desta previsão, os especialistas recomendam que o Governo Federal coordene ações urgentes e eficazes em parceria com os estados e municípios, como a implantação imediata do lockdown de 21 dias, coordenado nacionalmente, para diminuir o contágio da Covid-19 e interrupção dos óbitos, que deve ser acompanhado das seguintes medidas à aquisição de mais vacinas para imunizar a população, a retomada do pagamento do auxílio de 600 reais enquanto durar a pandemia e linha de créditos não reembolsáveis às micro e pequenas empresas para que mantenham seus empregados com os respectivos salários.

A situação gravíssima sanitária e socioeconômica em que o país se encontra devido à COVID-19 é agravada pela política do Governo Federal, que tem adotado uma postura negacionista desde o início a pandemia, promovido a redução drástica nos investimentos das políticas sociais, a exemplo do orçamento do SUS. Está política de Bolsonaro tem levado ao genocídio da população brasileira, especialmente dos segmentos mais vulneráveis.

O momento é de catástrofe da saúde e da preservação da vida no país, com o sistema de saúde em colapso, as pessoas morrendo por falta de leitos e medicamentos nos hospitais, trabalhadores da saúde exaustos, milhares sofrendo com a pobreza e com o desemprego, a falência de setores da economia, a exemplo de restaurantes e bares por causas de medidas pontuais que fecham parcialmente o comércio.

Esse contexto nos leva a diversas indagações: o que os governos, prefeitos, parlamento e o Poder Judiciário estão esperando para seguirem as recomendações dos especialistas da saúde? Por que os governantes não adotam as medidas que obtiveram êxito em outros países, como a Nova Zelândia? Até quando vamos assistir a dizimação em massa da população brasileira por conta de medidas ineficazes e insuficientes para o enfrentamento da pandemia? A população brasileira clama por socorro.


* Itanamara Guedes é Assistente Social e presidenta da FETAM/SE