Servidores Municipais cobram do TCE/SE solução para o caos administrativo nos municípios sergipanos
Na manhã desta quinta-feira, 05, servidores públicos municipais de diversas cidades sergipanas protagonizaram uma mobilização expressiva em frente ao Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE/SE). O ato, seguido de uma caminhada até a sede do Ministério Público de Sergipe (MPSE), teve como objetivo expor a indignação dos trabalhadores diante do descaso de gestores municipais com o funcionalismo público e cobrar uma postura efetiva dos órgãos de controle e fiscalização.
A principal pauta do protesto foi o atraso no pagamento de salários, 13º salário e terço de férias, direitos fundamentais que têm sido desrespeitados em diversos municípios. Além disso, os servidores denunciaram outras violações, como a suspensão de férias e licenças previamente concedidas, evidenciando um cenário de precariedade administrativa e desrespeito às garantias trabalhistas.
Vanessa Ferreira, presidente da Federação dos Servidores Públicos Municipais do Estado de Sergipe (Fetam/SE), expressou indignação com a situação enfrentada pelos trabalhadores. "É triste e revoltante a situação que vivem servidores de algumas cidades. Quem faz o serviço público é o servidor, que trabalha e merece receber o seu salário, seu décimo terceiro e todos os direitos já previstos. E ainda, quando gestores deixam os trabalhadores sem salário, prejudicam também a economia local", destacou.
Ferreira também reforçou a necessidade de atuação mais incisiva dos órgãos fiscalizadores. "Os órgãos de fiscalização devem agir e tomar medidas que garantam o recebimento dos salários e demais benefícios. E punir as más condutas desses maus gestores".
Para Edijane Silveira Pequeno, presidente do Sindsocorro, a caminhada até o MPSE simbolizou a busca por uma solução definitiva para os problemas apresentados, com os trabalhadores clamando por justiça e pelo respeito aos direitos trabalhistas. " A expectativa agora é que tanto o TCE/SE quanto o MPSE adotem medidas concretas para responsabilizar os gestores que descumprem suas obrigações e assegurar a regularização da situação dos servidores.
A mobilização contou com o apoio de entidades sindicais, incluindo a Fetam/SE, a Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), o Sindicato dos Servidores Municipais de Canindé de São Francisco (Sindiserve-Canindé), o Sindicato dos Servidores Municipais de Estância e Arauá (Sindseme), o Sindicato dos Servidores Municipais de Nossa Senhora do Socorro (Sindsocorro), o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Poço Verde (Sindserv-Poço Verde) e o Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe (SINTESE).